Nasci, voando no vento
No
árido, a terra seca
Onde
corria, brincando
O
sol era o teto do dia
Na
noite, sonhos, alegria
Embora
o solo áspero
Os
pés já não queimavam
A
pele já não mais sentia
Tamanha
era a alegria
De
voar por aquelas cercanias
O
sonho, o desejo de voar
Pulando
os galhos secos
A
vida que sempre vivia
Era
a vontade, o desejo
De
rodar, ser bailarina
Esticar
os desejos dia a dia
Na
imensa alegria de ver
Um
broto de mandacaru
Que
amanhã iria aparecer
Um
verde de vida rejuvenescer
Esticar
os sonhos acordada
Nos
pulos das brincadeiras
Na
terra seca assolada
Era
juvenil a esperança
De
ver a relva, molhada
Da
criança, um sonho
O
que fazer a bailarina
Senão
buscar no sul da vida
Um
novo senso de caminhar
Trabalhar
e sobreviver agora
A
bailarina nos sonhos da vida
Vai
caminhar, agora molhada
Na
terra de bênçãos, sonhada
No
árduo trabalho, vivido
Na
dança abençoada do viver
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