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Dia Mundial da Conscientização do Autismo: Livros Essenciais nas Bibliotecas de São Paulo

Qual é o choque?

Por Fernanda Valente

Alguém já apontou a arma para você? Se sim, logo de primeira levou um choque. As pernas começaram a tremer e a reação é de que o coração vá pular fora. Senti isso quando tinha uns 20 anos e caminhava por uma rua escura. Difícil lembrar a fisionomia da pessoa armada, mas com a arma apontada pediu meu dinheiro. Joguei tudo. Só lembro que o cara falou: _Se você não tiver nada te apago agora mesmo!
Este momento foi o suficiente para eu evitar ruas escuras até hoje. Também evito de sair sozinha. Foi um choque que trouxe uma prevenção, apesar de eu achar que em nenhum lugar estamos livres dessas fatalidades e é disso que eu quero falar. 
Em algum momento você levará um choque: um parceiro que olhará dentro dos seus olhos e dirá: Eu não te amo mais!; uma amiga que trairá sua amizade; uma pessoa que você admirava, mas que descobre de repente que é uma provocadora de contendas; alguém que tira a máscara e assume o lado ruim do que realmente é. 
A vida é cheia desses choques, mas o importante é saber o que fará com eles. Um desses choques me evitou caminhos escuros, mas algo que não se dar para evitar são os relacionamentos. Não é porque um amor não deu certo que não me darei bem com outro. Não é por causa de uma intriga que não confiarei mais em outras pessoas. E a face ruim que alguém me mostra pode sim ser algo positivo. Afinal, são esses que conseguem nos levantar, pois após um choque é necessário encarar. Pode ser como um tiro no coração, mas depois de tudo terá uma outra visão. 


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