Pular para o conteúdo principal

Dia Mundial da Conscientização do Autismo: Livros Essenciais nas Bibliotecas de São Paulo

O sistema de ensino mudou

 Fernanda Valente


É nítida que a forma de ensinar não voltará a ser a mesma. Não existe voltar ao normal. Alguns alunos por habilidade, já se adaptaram ao ensino remoto. Outros, no entanto, ainda preferem estar presentes na sala de aula. 

Como professora, observo que os dois sistemas são importantes desde que o professor saiba conduzir. Tenho percebido há um bom tempo que o papel do professor já não é mais disparar conhecimentos, mas sim, trazer reflexões para os alunos. 

Não é uma mudança fácil de ocorrer já que o professor sempre teve o papel de protagonista. Hoje, há uma inversão. O professor olha para a singularidade do seu aluno e adapta o que está no currículo. Parece simples, mas não é. Para isso, é necessário ter a disposição para abrir os olhos ao novo. 

Atualmente, os assuntos mais comentados pela BNCC são as habilidades socioemocionais que precisam ser desenvolvidas nos alunos. Entre elas: autonomia, responsabilidade, autoconhecimento, comunicação, cidadania, senso crítico argumentativo, empatia... O currículo mudou e as disciplinas se integram entre si. O importante é olhar para o indivíduo em todas as suas potencialidades e trabalhar para que todas elas sejam desenvolvidas, praticadas e exercidas. A tecnologia é um instrumento para facilitar e também deve estar no domínio de professores e alunos, pois uma apresentação em vídeo, áudio, pdf, fotos em diferentes recursos passam a ter valor e contam como instrumentos de avaliação. 

Contudo, é importante ressaltar que o foco não está mais na nota que esse aluno conseguiu alcançar, mas sim, nas habilidades que conseguiu desenvolver durante o percurso, sendo assim, o estudante, o protagonista da própria vida. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Resgate de Ruby: Uma Lição de Superar Desafios

Fernanda Valente   Ao assistir "O Resgate de Ruby" na Netflix, fui instantaneamente cativada pela história emocionante e inspiradora que se desenrola diante dos meus olhos. O filme, dirigido por Katt Shea, relata a jornada de uma filhotinha agitada que recebe uma segunda chance antes de ser sacrificada, e sua transformação em uma valiosa integrante da força policial. A narrativa vai muito além de uma simples história sobre um cachorro, e toca em temas como superação, compaixão e o poder do apoio mútuo. Logo no início, percebi a conexão entre o policial Daniel e Ruby, a filhotinha em questão. Enquanto assistia, não pude deixar de notar as semelhanças entre o comportamento agitado de Ruby e as características de Daniel, que me levaram a perceber que ambos podem apresentar sinais de ansiedade ou TDAH. Essa percepção me fez enxergar a história sob uma nova luz, destacando a importância de compreender e acolher as diferenças, tanto nos seres humanos quanto nos animais....

Resenha: Contos de enganar a morte , de Ricardo Azevedo, 1ª edição - 2003.

Por Thiago Grass Pode-se dizer que o folclore é uma força em constante movimento, uma fala, um símbolo, uma linguagem que o uso torna coletiva. Por meio dele, as pessoas dizem e querem dizer. E a dica de leitura bebe justamente dessa fonte da cultura popular. No livro “Contos de enganar a morte”, o escritor Ricardo Azevedo explora esse tema tão delicado de forma leve e criativa. O próprio autor menciona na obra: Trata-se de um grave erro considerar a morte um assunto proibido ou inadequado para crianças. Heróis nacionais como Ayrton Senna, presidentes da república e políticos importantes, artistas populares, parentes, amigos, vizinhos e até animais domésticos infelizmente podem morrer e morrem mesmo. A morte é indisfarçável, implacável e faz parte da vida (AZEVEDO, 2003, p.58). Portanto, o livro reúne quatro narrativas sobre a “hora de abotoar o paletó”, “entregar a rapadura”, “bater as botas”, “esticar as canelas”. Nesses contos, os personagens se defrontam com a m...

Propósito de vida!

Fernanda Valente Você já parou para pensar qual é o seu projeto de vida? Quando falamos em projeto de vida incluímos vários itens em nossa lista: trabalho, estudos, família, viagens, amizades, vida social, etc. O mais triste é viver todos os itens sem paixão. O que te move? O que faz o seu coração acelerar? Você se sente entusiasmado com o que possui? São questões assim que definem o nosso propósito ou missão. Já tive uma fase da minha vida em que perdi a paixão, foi o momento mais triste que vivi, pois ele foi movido por falta de perdão, deixei a frustração me conter e isso, aos poucos, foi matando as minhas paixões, meus valores internos, a criatividade, a inspiração... passei a não abrir a porta do meu coração para as pessoas, inclusive companheiro. Comecei a implorar a Deus pela liberação de perdão, para eu seguir. Não foi fácil. O ressentimento mata o insensato, e a inveja destrói o tolo (Jó 5.2) O ressentimento é o grande assassino da paixão. Se quiser voltar a te...