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Por Thiago Grass
Pode-se dizer que o folclore é
uma força em constante movimento, uma fala, um símbolo, uma linguagem que o uso
torna coletiva. Por meio dele, as pessoas dizem e querem dizer. E a dica de
leitura bebe justamente dessa fonte da cultura popular.
No livro “Contos de enganar a
morte”, o escritor Ricardo Azevedo explora esse tema tão delicado de forma leve
e criativa. O próprio autor menciona na obra:
Trata-se
de um grave erro considerar a morte um assunto proibido ou inadequado para
crianças. Heróis nacionais como Ayrton Senna, presidentes da república e
políticos importantes, artistas populares, parentes, amigos, vizinhos e até
animais domésticos infelizmente podem morrer e morrem mesmo. A morte é
indisfarçável, implacável e faz parte da vida (AZEVEDO, 2003, p.58).
Portanto, o livro reúne quatro
narrativas sobre a “hora de abotoar o paletó”, “entregar a rapadura”, “bater as
botas”, “esticar as canelas”. Nesses contos, os personagens se defrontam com a
morte, contudo, ninguém quer morrer e cada um inventa mil truques e ardis para
dar um jeito de escapar do vulto de capa preta.
Durante a leitura, é possível
encontrar diversas expressões metafóricas, que dão riqueza estética aos contos.
“O tempo passava correndo feito um rio que ninguém vê”, ou “Mas o tempo é um
trem que não sabe parar na estação”, ou ainda “A vida é uma roda que gira sem
breque e nem eixo”.
Nesses enredos, destaca-se a
figura de Zé Malandro, que gosta de passar a vida zanzando e jogando baralho do
que arrumar um trabalho. Até que certo dia alguém bate na sua porta e então....
bom, o final dele só mesmo lendo para saber. A risada é garantida!
Fonte
da Imagem do zé malandro: Livro
“Contos de Enganar a morte” (AZEVEDO, 2003, p.55).
Referências
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