Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.
Gálatas 5:22-23
Carnaval faz parte da nossa cultura e um desfile repleto de história e contexto faz toda a diferença. Não sou de ficar assistindo aos desfiles, porém, hoje, fiz questão de assistir dois desfiles. Assisti o desfile da Mangueira por causa das inúmeras críticas e assisti o da Águia de Ouro, escola campeã de São Paulo que escolheu homenagear Paulo Freire. Essa achei sensacional. Da Mangueira, só achei interessante a mensagem, em questão de Jesus escolher os rejeitados. Faz sentido, pois como cristã, a palavra de Deus diz que até as pedras clamariam. Numa opinião pessoal, Jesus crucificado não combina com um desfile de Carnaval. É meio complicado explicar o temor que sinto no peito, porém, a mensagem que a escola quis passar foi muito bonita: Jesus ama todos.
No momento, quero destacar Águia de Ouro. A escola desfilou com muito entusiamo, além de apresentar muitas cores. Amo isso. Já abriu o desfile com livros, mostrando a importância do conhecimento. Num dos carros, alguns personagens saiam dos livros. Se observar, todo o conhecimento que obtemos, começa através dos livros. Por isso, a escola mostrou a origem dos dinossauros, dos homens primatas, e assim, a humanidade foi evoluindo, mostrou a criação do avião, e também como ele contribuiu para fazer a guerra, através da bomba de Hiroshima. Além disso, não deixou de homenagear Paulo Freire, educador brasileiro que contribuiu muito para a educação brasileira, sendo referência mundial.
É importante destacar que Paulo Freire foi responsável por alfabetizar adultos do sertão nordestino. Através da observação, ele mudou o maneira de alfabetizar. Estudou o ser humano, o ambiente e adaptou o ensino. Para as pessoas do sertão, a melhor forma que utilizou para alfabetizar foi utilizando palavras do cotiano daquele povo. Como por exemplo: campo, enxada, terra, plantar, colher...
Este olhar vale para tudo. O professor precisa perceber o ambiente do aluno para poder ensinar de modo que ele aprenda. Não ao contrário. Muitas pessoas criticam sem saber e sem conhecer Paulo Freire. Hoje, com a inclusão das pessoas com deficiência é necessário praticar este ensino. É o olhar afetivo. É o perceber. Precisamos disso muito mais agora. A mensagem da escola foi fiel a isso, pois também falou de inclusão. Pessoas com deficiência desfilaram e foi lindo demais! Paulo Freire tem livros que são referências para qualquer educador que tem sede em alfabetizar, entre eles, Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da autonomia.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.
Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.
Por Thiago Grass Pode-se dizer que o folclore é uma força em constante movimento, uma fala, um símbolo, uma linguagem que o uso torna coletiva. Por meio dele, as pessoas dizem e querem dizer. E a dica de leitura bebe justamente dessa fonte da cultura popular. No livro “Contos de enganar a morte”, o escritor Ricardo Azevedo explora esse tema tão delicado de forma leve e criativa. O próprio autor menciona na obra: Trata-se de um grave erro considerar a morte um assunto proibido ou inadequado para crianças. Heróis nacionais como Ayrton Senna, presidentes da república e políticos importantes, artistas populares, parentes, amigos, vizinhos e até animais domésticos infelizmente podem morrer e morrem mesmo. A morte é indisfarçável, implacável e faz parte da vida (AZEVEDO, 2003, p.58). Portanto, o livro reúne quatro narrativas sobre a “hora de abotoar o paletó”, “entregar a rapadura”, “bater as botas”, “esticar as canelas”. Nesses contos, os personagens se defrontam com a m...
Fernanda Valente Ao assistir "O Resgate de Ruby" na Netflix, fui instantaneamente cativada pela história emocionante e inspiradora que se desenrola diante dos meus olhos. O filme, dirigido por Katt Shea, relata a jornada de uma filhotinha agitada que recebe uma segunda chance antes de ser sacrificada, e sua transformação em uma valiosa integrante da força policial. A narrativa vai muito além de uma simples história sobre um cachorro, e toca em temas como superação, compaixão e o poder do apoio mútuo. Logo no início, percebi a conexão entre o policial Daniel e Ruby, a filhotinha em questão. Enquanto assistia, não pude deixar de notar as semelhanças entre o comportamento agitado de Ruby e as características de Daniel, que me levaram a perceber que ambos podem apresentar sinais de ansiedade ou TDAH. Essa percepção me fez enxergar a história sob uma nova luz, destacando a importância de compreender e acolher as diferenças, tanto nos seres humanos quanto nos animais....
Fernanda Valente Cada criança tem uma maneira de aprender, algumas aprendem pela imagem, outras pelo som. Recentemente ajudei uma criança a ler só separando as vogais e as consoantes pelos sons. Essa criança tem muita habilidade com números, gosta de ouvir histórias, tem uma oratória excelente, mas tinha dificuldade na leitura, não conseguia associar as letrinhas por imagens. Então, criei uma historinha para chamar a atenção, ela sabia os sons das letras, no entanto, foi só explicar que primeiro temos o som, o a e i o u e podemos juntar com as outras letrinhas e formar sílabas - ba - be - bi - bo - bu, que vira uma palavra, boba, que se transforma numa frase: A menina é bonita, e depois podemos desenvolver um texto: A menina é bonita e gosta de estudar. Ela veste roupas bem coloridas. O cabelo dela é vermelho e seu rosto cheio de sardas. Os olhos dela brilham. Em apenas uma hora de estudo, a criança conseguiu identificar as letras e formar palavrinhas. Deixei como um sistema de es...
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