Pular para o conteúdo principal

Dia Mundial da Conscientização do Autismo: Livros Essenciais nas Bibliotecas de São Paulo

Celebrando a Ancestralidade Africana na Literatura Infantil: Conheça 'Abayomi, a Menina de Trança

Fernanda Valente
No universo literário infantil, o resgate da ancestralidade africana é uma pauta cada vez mais relevante. A arte-educadora e artesã Aniete Abreu contribui para essa causa através do livro "Abayomi, a menina de trança". A obra, publicada pela Hanoi Editora sob o selo Hanoi Kids, narra a jornada de uma menina negra que tem a missão de proteger a natureza com a ajuda de seus amigos. 


A história, além de abordar a importância da diversidade e do combate ao preconceito racial, promove o autoconhecimento e fortalece o senso de pertencimento dos pequenos leitores.
A protagonista do livro, Abayomi, viaja até a cidade de Tietê, em São Paulo, onde se encontra com grandes personalidades negras, como o músico Itamar Assumpção, figura importante da cultura popular brasileira. O nome da personagem, que em iorubá significa "encontro precioso", faz referência às bonecas que eram confeccionadas a partir de nós e retalhos das saias das mães escravizadas e que confortavam as crianças nos navios negreiros.


Aniete Abreu, além de escrever, ministra oficinas de produção de bonecas Abayomi desde 2015, promovendo o resgate da diáspora africana e valorizando as contribuições da população negra. Os brinquedos são produzidos com materiais descartados por empresas têxteis, destacando a preocupação socioambiental da autora.
Em um país onde 56% da população se autodeclara preta ou parda, segundo dados do IBGE, mas que ainda enfrenta o racismo, como demonstra o aumento de mais 50% nas denúncias de racismo e injúria racial, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, obras como "Abayomi, a menina de trança" são fundamentais para a formação de uma sociedade mais justa e inclusiva.
O livro, que pode ser encontrado na [Hanoi Editora](https://www.hanoieditora.com.br/) e na [Amazon](https://www.amazon.com.br/), é uma excelente ferramenta para pais, mães, familiares e educadores que desejam incluir as crianças em discussões sobre a importância do resgate histórico e da educação antirracista. Ao abordar esses temas, "Abayomi, a menina de trança" inspira a luta por respeito, aceitação e igualdade.
A autora Aniete Abreu, além de arte-educadora e artesã, é militante do movimento negro e contadora de histórias. Ela se dedica à revitalização da cultura da umbigada em Tietê e às oficinas de bonecas Abayomi, que são produzidas com resíduos industriais de fábricas da região.
A Hanoi Editora, fundada em 2017, tem como missão fortalecer os laços entre autores, livros e leitores, através de uma abordagem fundamentada no respeito, transparência e senso de pertencimento. A editora oferece suporte a autores, sejam novos ou já reconhecidos, e se propõe a proporcionar títulos de alto valor nas áreas de filosofia, artes, espiritualidade e desenvolvimento pessoal.
Para saber mais sobre a editora e seus lançamentos, visite suas redes sociais: Instagram: (https://www.instagram.com/hanoieditora/) YouTube: (https://www.youtube.com/hanoieditora/) Facebook:(https://www.facebook.com/hanoieditora/) [LinkedIn](https://www.linkedin.com/company/hanoieditora/)
Site: (https://www.hanoieditora.com.br/)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resenha: Contos de enganar a morte , de Ricardo Azevedo, 1ª edição - 2003.

Por Thiago Grass Pode-se dizer que o folclore é uma força em constante movimento, uma fala, um símbolo, uma linguagem que o uso torna coletiva. Por meio dele, as pessoas dizem e querem dizer. E a dica de leitura bebe justamente dessa fonte da cultura popular. No livro “Contos de enganar a morte”, o escritor Ricardo Azevedo explora esse tema tão delicado de forma leve e criativa. O próprio autor menciona na obra: Trata-se de um grave erro considerar a morte um assunto proibido ou inadequado para crianças. Heróis nacionais como Ayrton Senna, presidentes da república e políticos importantes, artistas populares, parentes, amigos, vizinhos e até animais domésticos infelizmente podem morrer e morrem mesmo. A morte é indisfarçável, implacável e faz parte da vida (AZEVEDO, 2003, p.58). Portanto, o livro reúne quatro narrativas sobre a “hora de abotoar o paletó”, “entregar a rapadura”, “bater as botas”, “esticar as canelas”. Nesses contos, os personagens se defrontam com a m...

O Resgate de Ruby: Uma Lição de Superar Desafios

Fernanda Valente   Ao assistir "O Resgate de Ruby" na Netflix, fui instantaneamente cativada pela história emocionante e inspiradora que se desenrola diante dos meus olhos. O filme, dirigido por Katt Shea, relata a jornada de uma filhotinha agitada que recebe uma segunda chance antes de ser sacrificada, e sua transformação em uma valiosa integrante da força policial. A narrativa vai muito além de uma simples história sobre um cachorro, e toca em temas como superação, compaixão e o poder do apoio mútuo. Logo no início, percebi a conexão entre o policial Daniel e Ruby, a filhotinha em questão. Enquanto assistia, não pude deixar de notar as semelhanças entre o comportamento agitado de Ruby e as características de Daniel, que me levaram a perceber que ambos podem apresentar sinais de ansiedade ou TDAH. Essa percepção me fez enxergar a história sob uma nova luz, destacando a importância de compreender e acolher as diferenças, tanto nos seres humanos quanto nos animais....

O filho Eterno

Por Fernanda Valente O filme está disponível recentemente na Net Flix e é inspirado no livro do escritor Cristóvão Tezza que desafia a contar a história do seu filho com Síndrome de Down, situação vivida entre os anos 80 e 90. O filme é dirigido por Paulo Machline e tem como atores principais Marcos Veras, interpretando Roberto, nome fictício para o Cristóvão, Débora Falabella que interpreta Cláudia, sua esposa e Pedro Vinícius, ator que interpreta Fabrício, o filho do casal. Não vou mandar nenhum spoiler, mas é um filme que todo educador tem que assistir e captar mensagens. Nos anos 80 e 90, as crianças com Síndrome de Down eram rejeitadas em escolas comuns. A rejeição tanto pelo pai como a escola é tratada no filme. Porém, a parte positiva é que mostra estudos acontecendo, na arte, fisioterapia, psicopedagogia, abrindo o caminho para as novas possibilidades que temos hoje. Atualmente, muitos querem novamente segregar as crianças. Não é saudável. O olhar para a criança com síndr...