Pular para o conteúdo principal

Dia Mundial da Conscientização do Autismo: Livros Essenciais nas Bibliotecas de São Paulo

Oficina Cultural Oswald de Andrade inaugura cinco exposições neste mês

As mostras abordam diversos assuntos, com destaque para Badaróss, artista indígena da Cracolândia, e Eu, Josephine, exposição sobre a história das mulheres e seu reflexo na sociedade contemporânea
A Oficina Cultural Oswald de Andrade, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo gerenciada pela Poiesis, realiza, em abril, a abertura de cinco mostras em seus espaços expositivos. A proposta é apresentar ao grande público o trabalho de artistas pouco conhecidos que dialogam com temas da contemporaneidade. Quatro das cinco exposições abrem dia 7 de abril, e uma delas inaugura dia 24 de abril, confira.

Em Badaróss, o público terá a oportunidade de ver a obra de Cícero Rodrigues, artista indígena pernambucano que viveu por onze anos na Cracolândia de São Paulo. Ex-usuário de crack em situação de rua, foi carroceiro e desde 2013 expressa sua trajetória e a história das ruas a partir da pintura e do grafite. A mostra reúne diversos quadros do artista que formam uma única instalação, abrindo espaço para reflexões sobre drogas, desigualdade social e a situação dos moradores de rua da cidade. Ciclo de palestras com organizações atuantes na Cracolândia integram a mostra que abre dia 7 de abril, sábado às 16h00.
Badaróss
Com nove fotografias e uma instalação feita em homenagem à Josephine Cochrane, que em 1886 inventou a máquina de lavar louças, a artista visual Ana Clara Joly propõe em Eu, Josephine, uma reflexão sobre papéis de gênero a partir de uma comparação história entre a mulher contemporânea e a mulher do século XIX. O que mudou nesse período? A mostra também inaugura dia 7 de abril, sábado às 16h00.
Eu, Josephine - Ana Clara Joly

Nas 25 obras que integram a mostra Desenho, fluxo e imagem, o artista Paulo Penna transita pelo desenho, gravura e fotografia para falar sobre os corpos que ocupam a cidade. Os trabalhos, feitos em escalas proporcionais a uma pessoa, são criados em diversos suportes e misturam-se às figuras presentes na cidade, como prédios e árvores. Assim como as outras exposições, essa inaugura dia 7 de abril, sábado às 16h00.
Desenho, fluxo e imagem - Paulo Penna

Quase noite, de Thaís Beltrame, fecha as exposições inauguradas dia 7 de abril. A instalação, formada por uma pequena estrutura motorizada com desenhos criados especialmente para a mostra, projeta sombras na parede da Casinha da Oficina Cultural, estimulando o olhar poético e lúdico do público em uma experiência imersiva na obra.
Ainda arde, da artista Vera Martins, mostra o resultado de um trabalho que teve início em 2017, quando foi convidada a ir à Portugal participar da Bienal Internacional de Cerveira. Durante o evento, ela deu início a uma obra que contou com a participação do público. Ela finalizou a pintura meses depois, período em que permaneceu no país e presenciou a tragédia das queimadas, vendo famílias perdendo casas, plantações e familiares que não escaparam do fogo. A tela, que iniciou na Bienal, foi afetada pela tragédia e deu origem aos trabalhos que serão expostos na mostra que inaugura 28 de abril, sábado, às 16h00. No dia da abertura, a artista realiza uma living paiting em conjunto com um dançarino da São Paulo Cia. de Dança.
Ainda arde - Vera Martins


SERVIÇO: Exposições Oficina Cultural Oswald de Andrade

Badaróss | Desenho, fluxo e imagem | Quase noite
Abertura: 7/4, sábado às 16h00.
Visitação: 9/4 a 30/6. Segunda a sexta-feira, 9h00 às 21h30. Sábados, 10h00 às 18h30.
Recomendação etária: livre.
Atividade gratuita sem necessidade de inscrição prévia.
Eu, Josephine
Abertura: 7/4, sábado às 16h00.
Visitação: 9 a 27/4. Segunda a sexta-feira, 9h00 às 21h30. Sábados, 10h00 às 18h30.
Recomendação etária: livre.
Atividade gratuita sem necessidade de inscrição prévia.

Ainda arde
Abertura: 28/4, sábado às 16h00.
Visitação: 23/4 a 31/5. Segunda a sexta-feira, 9h00 às 21h30. Sábados, 10h00 às 18h30.
Recomendação etária: livre.
Atividade gratuita sem necessidade de inscrição prévia.

As áreas das exposições possuem inacessibilidade. 

Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - São Paulo
Telefone: (11) 3221-4704
Funcionamento: Segunda a sexta das 9h00 às 22h00 e aos sábados das 10h00 às 18h00.
oswalddeandrade@oficinasculturais.org.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Resgate de Ruby: Uma Lição de Superar Desafios

Fernanda Valente   Ao assistir "O Resgate de Ruby" na Netflix, fui instantaneamente cativada pela história emocionante e inspiradora que se desenrola diante dos meus olhos. O filme, dirigido por Katt Shea, relata a jornada de uma filhotinha agitada que recebe uma segunda chance antes de ser sacrificada, e sua transformação em uma valiosa integrante da força policial. A narrativa vai muito além de uma simples história sobre um cachorro, e toca em temas como superação, compaixão e o poder do apoio mútuo. Logo no início, percebi a conexão entre o policial Daniel e Ruby, a filhotinha em questão. Enquanto assistia, não pude deixar de notar as semelhanças entre o comportamento agitado de Ruby e as características de Daniel, que me levaram a perceber que ambos podem apresentar sinais de ansiedade ou TDAH. Essa percepção me fez enxergar a história sob uma nova luz, destacando a importância de compreender e acolher as diferenças, tanto nos seres humanos quanto nos animais....

BE HAPPY

Por Caroline Trevisan O que é felicidade para você? Essa pergunta pode até parecer meio clichê ou uma cópia daquela música “o que faz você feliz”, mas em uma era de muito stress e ansiedade temos sempre que evitar perdê-la. Há várias possibilidades: estar com a família e amigos, praticar um esporte ou alguma atividade da qual gostamos, estar em algum lugar prazeroso, enfim. Costumo dizer que existem combustíveis de felicidade presentes nos pequenos detalhes do nosso dia-a-dia, como um bom dia de alguém especial, no elogio recebido ao sair na rua, nas palavras de carinho que ouvimos, ao sermos convidados para sair e se divertir com os amigos. Estes precisam ser cultivados. Já ouviu falar que amigo é coisa para se guardar? Então, eles preenchem a nossa vida e nos incentivam a viver, a ser feliz, a realizar sonhos e o melhor tornam tudo único vivendo apenas com aquele determinado amigo. Rir abobadamente, pagar mico, ficar perdido no caminho porque ficou conversando, falar horas ...

Resenha: Contos de enganar a morte , de Ricardo Azevedo, 1ª edição - 2003.

Por Thiago Grass Pode-se dizer que o folclore é uma força em constante movimento, uma fala, um símbolo, uma linguagem que o uso torna coletiva. Por meio dele, as pessoas dizem e querem dizer. E a dica de leitura bebe justamente dessa fonte da cultura popular. No livro “Contos de enganar a morte”, o escritor Ricardo Azevedo explora esse tema tão delicado de forma leve e criativa. O próprio autor menciona na obra: Trata-se de um grave erro considerar a morte um assunto proibido ou inadequado para crianças. Heróis nacionais como Ayrton Senna, presidentes da república e políticos importantes, artistas populares, parentes, amigos, vizinhos e até animais domésticos infelizmente podem morrer e morrem mesmo. A morte é indisfarçável, implacável e faz parte da vida (AZEVEDO, 2003, p.58). Portanto, o livro reúne quatro narrativas sobre a “hora de abotoar o paletó”, “entregar a rapadura”, “bater as botas”, “esticar as canelas”. Nesses contos, os personagens se defrontam com a m...