Pular para o conteúdo principal

Dia Mundial da Conscientização do Autismo: Livros Essenciais nas Bibliotecas de São Paulo

10 Características do Espectro Autista

Por Fernanda Valente 
O Transtorno do Espectro Autista é caracterizado por alterações sociais recíprocas, interesses e atividades restritas, algumas vezes estereotipadas e repetitivas, além de poder acontecer dificuldade na comunicação e alterações sensoriais. Há alguns anos, crianças e adolescentes com essas características não eram orientados a buscar tratamento ou ajuda profissional. Muitos ficavam em sua vidinha, isolados e sem nenhum progresso. Para os casos mais severos, ficavam muitas vezes internados em hospitais psiquiátricos com diagnósticos errados. Hoje, com tanta informação, através da observação já é possível que um pai, mãe ou até educador da escola identifique que há algo diferente no comportamento da criança. E assim, junto com a direção da escola, preparar um relatório para ser encaminhado a um profissional de saúde, que diagnosticará o perfil da criança. Nenhum pai ou mãe quer receber uma informação dessa, mas quando aceita, fica muito melhor trabalhar o desenvolvimento dessa criança ou adolescente. É importante lembrar que um educador ou escola nem sempre está interessado em trabalhar com crianças que tem o diagnóstico. Para uma evolução no tratamento e desenvolvimento é necessário incluir e não colocar a criança apenas numa educação ou tratamento especializado. Cada escola tem a sua política, regras e perfil profissional. Enquanto tratarem os profissionais especiais apenas como “cuidadores”, essa criança nunca será aceita no ambiente escolar. A inclusão começa com a aceitação e com o cuidado da escola mostrar que existe “o diferente” e que todos devem respeitar. Desde 2012, muitos pais colocaram no papel o direito de seus filhos: Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Está ai o direito a frequentar escolas regulares juntamente com as crianças com deficiência. O Transtorno do Espectro Autista está no Cid 10 (Código Internacional de Doenças) F84 e também no DSM (Manual Diagnóstico de Estatística de Transtornos Mentais, da American Psychiatric Association).



A partir do momento que são caracterizadas doenças mentais, muitos tiveram que reunir esforços para dar uma vida digna a seus filhos. Existem muitos transtornos, mas o fato de unir todas as características do TEA coloca o educador para observar que nenhuma criança autista é igual e cada uma tem habilidades diferentes para se desenvolver. 
Quando a escola começa a observar que é necessário investir em educadores e profissionais especializados é ela quem ganha. Por isso, mesmo diante de tanta exclusão e falta de vontade, acredito que exista pessoas que farão a diferença.

Não perca o próximo post: Tecnologias Assistivas


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Resgate de Ruby: Uma Lição de Superar Desafios

Fernanda Valente   Ao assistir "O Resgate de Ruby" na Netflix, fui instantaneamente cativada pela história emocionante e inspiradora que se desenrola diante dos meus olhos. O filme, dirigido por Katt Shea, relata a jornada de uma filhotinha agitada que recebe uma segunda chance antes de ser sacrificada, e sua transformação em uma valiosa integrante da força policial. A narrativa vai muito além de uma simples história sobre um cachorro, e toca em temas como superação, compaixão e o poder do apoio mútuo. Logo no início, percebi a conexão entre o policial Daniel e Ruby, a filhotinha em questão. Enquanto assistia, não pude deixar de notar as semelhanças entre o comportamento agitado de Ruby e as características de Daniel, que me levaram a perceber que ambos podem apresentar sinais de ansiedade ou TDAH. Essa percepção me fez enxergar a história sob uma nova luz, destacando a importância de compreender e acolher as diferenças, tanto nos seres humanos quanto nos animais....

Resenha: Contos de enganar a morte , de Ricardo Azevedo, 1ª edição - 2003.

Por Thiago Grass Pode-se dizer que o folclore é uma força em constante movimento, uma fala, um símbolo, uma linguagem que o uso torna coletiva. Por meio dele, as pessoas dizem e querem dizer. E a dica de leitura bebe justamente dessa fonte da cultura popular. No livro “Contos de enganar a morte”, o escritor Ricardo Azevedo explora esse tema tão delicado de forma leve e criativa. O próprio autor menciona na obra: Trata-se de um grave erro considerar a morte um assunto proibido ou inadequado para crianças. Heróis nacionais como Ayrton Senna, presidentes da república e políticos importantes, artistas populares, parentes, amigos, vizinhos e até animais domésticos infelizmente podem morrer e morrem mesmo. A morte é indisfarçável, implacável e faz parte da vida (AZEVEDO, 2003, p.58). Portanto, o livro reúne quatro narrativas sobre a “hora de abotoar o paletó”, “entregar a rapadura”, “bater as botas”, “esticar as canelas”. Nesses contos, os personagens se defrontam com a m...

Brigar para quê?

Por Caroline Trevisan Imagem: Gabriella Fabbi Às vezes nós cometemos erros bobos, falamos palavras da boca para fora ou explodimos mesmo por causa do copinho de paciência que não está mais suportando tal atitude ou situação. Mas e as consequências? Como fica o sentimento de quem a gente ama? A relação estará afetada e mudará algo? Todas as essas perguntas não passam pela sua cabeça antes da hora da raiva e nem durante a discussão. Depois do acontecimento você se preocupa com isso e ainda fica culpando a si e ao outro também. Mas mantenha a calma e deixe de lado a sua impulsividade, pois é preciso pensar antes de qualquer atitude e claro, ter muito cuidado. Antes de tudo  espere a poeira abaixar e chame a pessoa para conversar, deste modo você poderá explicar o seu lado e esclarecer o mal entendido. Depois deixe a pessoa falar, ouça atentamente e deixe de lado a sua raiva e implicações pessoais. Assim que a outra pessoa terminar de explicar, avalie e coloque tu...