Por Fernanda Valente
O Transtorno do Espectro Autista é caracterizado por alterações sociais recíprocas, interesses e atividades restritas, algumas vezes estereotipadas e repetitivas, além de poder acontecer dificuldade na comunicação e alterações sensoriais. Há alguns anos, crianças e adolescentes com essas características não eram orientados a buscar tratamento ou ajuda profissional.
Muitos ficavam em sua vidinha, isolados e sem nenhum progresso. Para os casos mais severos, ficavam muitas vezes internados em hospitais psiquiátricos com diagnósticos errados.
Hoje, com tanta informação, através da observação já é possível que um pai, mãe ou até educador da escola identifique que há algo diferente no comportamento da criança. E assim, junto com a direção da escola, preparar um relatório para ser encaminhado a um profissional de saúde, que diagnosticará o perfil da criança. Nenhum pai ou mãe quer receber uma informação dessa, mas quando aceita, fica muito melhor trabalhar o desenvolvimento dessa criança ou adolescente.
É importante lembrar que um educador ou escola nem sempre está interessado em trabalhar com crianças que tem o diagnóstico. Para uma evolução no tratamento e desenvolvimento é necessário incluir e não colocar a criança apenas numa educação ou tratamento especializado. Cada escola tem a sua política, regras e perfil profissional. Enquanto tratarem os profissionais especiais apenas como “cuidadores”, essa criança nunca será aceita no ambiente escolar. A inclusão começa com a aceitação e com o cuidado da escola mostrar que existe “o diferente” e que todos devem respeitar. Desde 2012, muitos pais colocaram no papel o direito de seus filhos: Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Está ai o direito a frequentar escolas regulares juntamente com as crianças com deficiência. O Transtorno do Espectro Autista está no Cid 10 (Código Internacional de Doenças) F84 e também no DSM (Manual Diagnóstico de Estatística de Transtornos Mentais, da American Psychiatric Association).
A partir do momento que são caracterizadas doenças mentais, muitos tiveram que reunir esforços para dar uma vida digna a seus filhos. Existem muitos transtornos, mas o fato de unir todas as características do TEA coloca o educador para observar que nenhuma criança autista é igual e cada uma tem habilidades diferentes para se desenvolver.
Quando a escola começa a observar que é necessário investir em educadores e profissionais especializados é ela quem ganha. Por isso, mesmo diante de tanta exclusão e falta de vontade, acredito que exista pessoas que farão a diferença.
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