Fernanda Valente
O que você tem feito com a sua criança interior? Ela é capaz de perdoar, sorrir, se reinventar e a cada dia se entusiasmar? Nossa criança não pode morrer.
Podemos observar que os adultos hoje andam impacientes com as crianças e tentam fazer delas, adultos. Pare um pouco. Respire. Olhe para a sua infância. Tem certeza que você era uma criança quieta? Por que estamos exigindo essa postura das crianças atualmente?
Crianças possuem algo essencial à vida: energia! Adultos cansam, as crianças não. Tenho certeza que na sua época infantil você podia subir numa goiabeira, correr no quintal, jogar queimada ou futebol nas ruas... era um outro tempo. Hoje, temos medo de tudo. Controlamos as nossas crianças o tempo todo e ao invés de impulsionarmos suas energias, reprimimo-as, oferecendo algo para distraí-las, como um brinquedo eletrônico, os hipnóticos jogos de celular, os infinitos desenhos infantis...
O tempo passa e alguns adultos acham "normal" a criança ali quietinha no mundo paralelo. Por isso, mude hoje os hábitos. Não deixe a criança morrer. O melhor presente que podemos dar à criança é a contemplação. Você pode oferecer o computador, mas antes, ofereça brincadeiras na areia da praia, faça passeios em jardins, divida um piquenique, deixe a criança se sujar e se lambuzar no próprio prato de comida. Use tintas, lápis de colorir, blocos de montar... Crianças de um a seis anos precisam se desenvolver e é nessa idade que você observará as descobertas, o senso criativo, todo o processo de imaginação da criança.
Já que não temos a segurança de antigamente, descubra ambientes para a sua criança poder correr, brincar, pular... Nem todas as crianças são hiperativas, elas só querem brincar.
Não mate a sua criança interior, aquela que carregamos com os nossos ancestrais. Ela está viva. Ela quer contemplar!
Fernanda Valente Ao assistir "O Resgate de Ruby" na Netflix, fui instantaneamente cativada pela história emocionante e inspiradora que se desenrola diante dos meus olhos. O filme, dirigido por Katt Shea, relata a jornada de uma filhotinha agitada que recebe uma segunda chance antes de ser sacrificada, e sua transformação em uma valiosa integrante da força policial. A narrativa vai muito além de uma simples história sobre um cachorro, e toca em temas como superação, compaixão e o poder do apoio mútuo. Logo no início, percebi a conexão entre o policial Daniel e Ruby, a filhotinha em questão. Enquanto assistia, não pude deixar de notar as semelhanças entre o comportamento agitado de Ruby e as características de Daniel, que me levaram a perceber que ambos podem apresentar sinais de ansiedade ou TDAH. Essa percepção me fez enxergar a história sob uma nova luz, destacando a importância de compreender e acolher as diferenças, tanto nos seres humanos quanto nos animais....
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