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Dia Mundial da Conscientização do Autismo: Livros Essenciais nas Bibliotecas de São Paulo

Por um mundo mais colorido

Fernanda Santiago Valente

A série de livros de colorir para adultos virou febre. Quando vi pela primeira vez me deu vontade de comprar, mas não fiz porque não teria tempo para me dedicar à pintura. Sempre gostei de desenhar e pintar quando era criança, mas na adolescência passei a me interessar por teatro e obras dramáticas e depois disso acabei experimentando outras paixões: ler e escrever.
Vivemos num período estressante. A tecnologia chegou para nos ajudar, mas não sabemos como usá-la. Ela nos estressa e nos tira do foco. As redes sociais tem o poder de nos distrair, às vezes de nos perturbar, são pensamentos e compartilhamentos que negativamente acabam com o nosso dia. Estou evitando ao máximo me envolver com as redes, mas como uso algumas delas como meio de trabalho, toda vez que converso com um cliente, me distraio. Tenho evitado essa distração e penso que muitas pessoas estão agindo como eu, algumas estão pior. 
Amo ler e já disse uma vez que separo um tempo para isso todos os dias. Só que muitas pessoas não tem esse hábito, não conseguem. Tenho estimulado algumas pessoas ao meu redor a ler, como minha mãe e sogra. Confesso que estou adorando isso. E o que os livros coloridos tem a ver com isso?
Eu penso que eles podem trazer as pessoas de volta ao mundo real. Já estudei designer e trabalhar com as cores nos distrai. Enquanto estamos desenhando e pintando, já não estamos mais pensando nos problemas. A maioria das pessoas hoje, vive no caos: é o chefe que não sabe o que é liderança, o trânsito engarrafado, o vizinho que não nos dá bom dia, pessoas que não nos pedem licença... 
Cheguei a folhear o livro Jardim Secreto, então percebi que a proposta do livro deu certo. As pessoas querem se reencontrar com o mundo, o tornando colorido. Penso que pintar um jardim trará novas sensações. Quanto tempo será que não prestamos atenção nos passarinhos que cantam pela manhã nas árvores que estão ao redor de nossas casas, bairros... O estresse do dia a dia não nos deixa colorir a vida. É preciso parar. Relaxar. Pintar. Depois que a febre de colorir passar, quem sabe ler um livro e escrever um poema? 

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