Orientações Especializadas sobre a Adaptação de Ambientes de Trabalho para Pessoas com Síndrome de Down
Fernanda Valente
A inclusão de pessoas com síndrome de Down no mercado de trabalho brasileiro permanece mínima, apesar dos potenciais benefícios para empregados e empregadores. De acordo com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), entre 2020 e 2021, houve quase 2.000 nascimentos de crianças com síndrome de Down no Brasil, o que equivale a cerca de quatro em cada 10.000 nascimentos vivos. Além disso, um censo de 2019 do IBGE revelou que quase 300.000 indivíduos no país vivem com essa condição genética, mas apenas 5,3% estavam empregados na época. Débora Goldzveig, uma gestora institucional do Instituto Serendipidade, enfatiza a importância de não apenas cumprir as normas legais, como as cotas de emprego, mas também abordar os vários desafios enfrentados por esses indivíduos no ambiente de trabalho.
Para promover uma verdadeira inclusão e aproveitar os talentos únicos das pessoas com síndrome de Down, é crucial entender e atender às suas necessidades específicas. Débora aponta que criar um ambiente propício ao desenvolvimento de habilidades é essencial. Isso inclui programas de treinamento personalizados que respeitem o ritmo de aprendizado individual, a presença de mentores treinados e a adequação das tarefas às competências únicas de cada indivíduo. Ao implementar tais práticas, as empresas podem garantir que os empregados com síndrome de Down recebam o apoio necessário para prosperar em suas funções.
Jamile Rosa, cuidadora da beleza, no seu local de trabalho. |
Luiza Suaide trabalha em uma hamburgueria no atendimento ao público e também no departamento de marketing. |
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