Fernanda Valente
Janeiro é o mês dedicado à conscientização sobre a hanseníase, uma doença que, apesar dos avanços médicos, ainda é um desafio de saúde pública, especialmente entre as populações mais vulneráveis. A campanha Janeiro Roxo visa não apenas informar sobre a doença, mas também combater o estigma e a discriminação que ainda cercam aqueles que a contraem.
Segundo o Boletim Epidemiológico de Hanseníase de 2022, o mundo registrou 174.087 novos casos da doença, uma taxa de detecção alarmante que supera 20 casos a cada 1 milhão de habitantes. O Brasil, infelizmente, continua a ocupar o segundo lugar no ranking global de novos casos.
A dermatologista da Rede Oto, Dra. Luíza Riotinto, explica que a hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen e afeta a pele e os nervos periféricos, podendo comprometer outros órgãos em estágios mais avançados. As manchas na pele, geralmente acompanhadas de perda ou diminuição da sensibilidade, são características marcantes da doença. “A hanseníase é curável e, se diagnosticada precocemente, não causa deformidades. O tratamento é feito com poliquimioterapia, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma Dra. Riotinto.
A especialista ressalta que a hanseníase, embora possa ser contagiosa em certos casos, é transmitida principalmente em situações de proximidade e contato frequente com indivíduos que ainda não começaram o tratamento. "É fundamental que a população esteja atenta aos sintomas e procure um serviço de saúde ao perceber qualquer sinal da doença", conclui.
Entretanto, o preconceito e a discriminação permanecem como os maiores obstáculos no combate à hanseníase. Muitas pessoas afetadas enfrentam isolamento social e até perda de empregos devido ao estigma. É crucial que a sociedade busque informações corretas sobre a doença e promova a empatia e o acolhimento.
A Rede Oto, onde a Dra. Riotinto atua, é uma das maiores redes de hospitais particulares do Ceará e se destaca pelo atendimento humanizado e pela tecnologia de ponta. Parte do grupo Kora Saúde, que opera com 17 hospitais em diversas regiões do Brasil, a Rede Oto busca não apenas tratar, mas também educar a população sobre a saúde e bem-estar.
Neste Janeiro Roxo, é vital que todos se unam na luta contra a hanseníase, não apenas promovendo a informação, mas também derrubando as barreiras do preconceito e da discriminação. A saúde é um direito de todos, e o respeito deve ser a base de qualquer relação social.
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