Pular para o conteúdo principal

O papel da escola e da família no combate ao bullying

ONU destaca Educação em Direitos Humanos no Brasil em suas recomendações pela primeira vez

 Fernanda Valente 

Em um marco histórico para o Brasil, a Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou pela primeira vez ações específicas de Educação em Direitos Humanos (EDH) ao país. A recomendação veio após uma revisão abrangente das políticas e práticas brasileiras em Direitos Humanos, que ocorreu durante a 74ª Sessão do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
O destaque para a EDH nas recomendações resultou de uma campanha incansável das organizações brasileiras Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH) e Instituto Aurora. As duas organizações, que foram as únicas a mencionar a EDH de forma específica durante a sessão, elaboraram um relatório conjunto que foi aceito pelo Comitê.

Michele Bravos, diretora-executiva do Instituto Aurora, e Fernanda Lapa, diretora-executiva do IDDH./ Foto: Divulgação 


Michele Bravos, diretora-executiva do Instituto Aurora, representou as duas organizações, dialogando com os peritos do Comitê e apresentando sugestões de perguntas e recomendações para a delegação brasileira. A importância da EDH foi enfatizada como um meio de prevenir e combater a violência nas escolas.
A relevância da EDH foi reconhecida durante a revisão final, com a inclusão das recomendações das organizações brasileiras. O Comitê aconselhou o Brasil a continuar seus esforços para garantir a EDH nos currículos escolares, especialmente dentro do Programa de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, para reforçar o respeito pelos direitos econômicos, sociais e culturais.
No entanto, a luta pela EDH no Brasil está longe de terminar. O Instituto Aurora e o IDDH destacam a necessidade de revisar o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e a importância de uma ação conjunta entre o Estado e a Sociedade Civil para monitorar a implementação efetiva da EDH.
Fernanda Brandão Lapa, diretora-executiva do IDDH, enfatiza a importância do reconhecimento da ONU sobre a EDH no Brasil e insta o Brasil a cumprir suas obrigações internacionais neste campo.

74ª Sessão do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU aconteceu em Genebra, na Suíça. Foto: Divulgação 


O Instituto Aurora, dedicado à promoção e defesa da EDH, conduziu uma pesquisa nos últimos três anos intitulada "Panorama da Educação em Direitos Humanos no Brasil", que analisa a institucionalização da EDH em nível estadual e federal. Os materiais estão disponíveis para download gratuito em seu [website](http://www.institutoaurora.org.br/).
O IDDH, que possui status consultivo ECOSOC, trabalha em colaboração com organizações da sociedade civil e movimentos sociais para coordenar processos nacionais e internacionais sobre direitos humanos. Há quase 20 anos, a organização monitora as políticas de EDH no Brasil.
Para mais informações sobre a EDH e o trabalho dessas organizações, visite os seus sites. Você pode baixar gratuitamente a pesquisa "Panorama da Educação em Direitos Humanos no Brasil" realizada pelo Instituto Aurora [aqui](http://www.institutoaurora.org.br/). Além disso, você pode aprender mais sobre o trabalho do IDDH em monitorar as políticas de EDH no Brasil [aqui](http://www.iddh.org.br/).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Rainha frutífera

Uma homenagem especial de Luiz, a sua eterna esposa Vera, a rainha do lar, dos corações e frutífera musa de poesias, canções e emoções, entre filhos e suas gerações:  Vieste a este mundo  Em missão especial  Realizar abençoada  A incumbência divinal. Ligação umbilical faz a União maternal com  Corações ritmados por  Intervalos musicais, entoarem  A cantiga da vida, com batimentos naturais. Fazendo em um ambiente tranquilo  Executar milagrosamente  Repetidas notas divinais  Retiradas das partituras angelicais que  Estimulam com a arte musical, reger com  Intensa maestria a multiplicação que  Reforça o propósito celestial, enquanto  Aguarda-se o momento ideal. Depois de nove meses  Abre-se a cortina transparente!  Surge, surpreendentemente, um  Inocente ser inteligente!  Lindo! Atraente!  Que vem do seu âmago! O Amor em forma de gente....

Maioria das denúncias de violações no Carnaval envolve crianças e adolescentes

Fernanda Valente   À medida que o Carnaval se aproxima, a preocupação com a segurança de crianças e adolescentes nas festas ganha destaque. Dados alarmantes revelam que, durante o Carnaval de 2024, mais de 26 mil casos suspeitos de crimes contra esses grupos foram registrados. As informações são do Disque 100, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Este número representa mais de 35% do total de registros recebidos pelo órgão, que somaram cerca de 74 mil. imagem: Marcelo Martins Mauricio Cunha, diretor de país do ChildFund Brasil, enfatiza a importância de supervisionar e proteger os jovens durante a folia. “O Carnaval é uma época que demanda atenção redobrada. É essencial que as famílias priorizem momentos de diversão seguros e lúdicos, mantendo vigilância também no ambiente online”, alerta. Imagem: Jake Lyell Para ajudar os responsáveis a garantir uma festa segura, o ChildFund Brasil re...

O filho Eterno

Por Fernanda Valente O filme está disponível recentemente na Net Flix e é inspirado no livro do escritor Cristóvão Tezza que desafia a contar a história do seu filho com Síndrome de Down, situação vivida entre os anos 80 e 90. O filme é dirigido por Paulo Machline e tem como atores principais Marcos Veras, interpretando Roberto, nome fictício para o Cristóvão, Débora Falabella que interpreta Cláudia, sua esposa e Pedro Vinícius, ator que interpreta Fabrício, o filho do casal. Não vou mandar nenhum spoiler, mas é um filme que todo educador tem que assistir e captar mensagens. Nos anos 80 e 90, as crianças com Síndrome de Down eram rejeitadas em escolas comuns. A rejeição tanto pelo pai como a escola é tratada no filme. Porém, a parte positiva é que mostra estudos acontecendo, na arte, fisioterapia, psicopedagogia, abrindo o caminho para as novas possibilidades que temos hoje. Atualmente, muitos querem novamente segregar as crianças. Não é saudável. O olhar para a criança com síndr...