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Por Roberta Viana Fernandes
Imagem: Martini Leandro Augusto |
Olá, desta vez falarei sobre a inclusão de crianças especiais no esporte, mais especificamente o judô.
Nos anos em que fiz estágio dando aulas de judô pela Prefeitura da Praia Grande, me deparei com dois alunos especias, um tinha Síndrome de Down e o outro tinha um grau leve de autismo.
Uma criança que possui Síndrome de Down tem ótima flexibilidade, fazendo com que os exercícios propostos sejam realizados com facilidade, já uma criança com autismo, dependendo do grau, possui grande dificuldade e requer atenção dobrada na hora da realização da atividade, pois sua musculatura é bem rígida e é necessário que a professora transmita de forma diferente a atividade para que haja um entendimento claro para esse aluno.
Imagem: Marta Judi |
Em relação à essa minha experiência, no primeiro contato que tive com a mãe do aluno com Síndrome de Down foi bem tranquila, a mesma sempre estava presente nos treinos, pois o aluno era muito agitado e hiperativo, mas fazia todos os exercícios propostos de forma muito consciente e alegre. Já o aluno com autismo, a abordagem da mãe foi diferente, foi passado que o menino não falava, não obedecia e não iria aprender, que o mesmo só estava no esporte para se distrair. Só que para a surpresa da mãe e minha ,o aluno autista, já com os primeiros treinos podíamos ver a evolução. O menino aprendeu alguns exercícios de alongamento, aprendeu a fazer exercícios com parceiros, e o cumprimento do judô e o mais legal e interessante, aprendeu a contar em japonês.
Ao passar por essa experiência, pude ver que na maioria das vezes, quem tem filhos com necessidades especiais não possuem orientação sobre os problemas dos filhos, e muitas vezes, as próprias mães e familiares não acreditam em uma evolução do ente querido.
Mas com muita paciência e tranquilidade, dependendo do grau do problema, é possível sim uma transmissão de conhecimentos, no caso o esporte em questão, e pode-se ver nitidamente a evolução e aprendizado adquirido pelo aluno em questão.
E nunca esqueça, a coragem só nos leva adiante.
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